quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Com bom humor, guarda-vidas mulheres enfrentam cantadas nas praias de SP

Minoria na corporação, elas têm rotina tão puxada quanto os homens.
Preparo físico e treinamento intenso são fundamentais para as bombeiras.
Elas ficam horas sob um sol escaldante, encaram o mar bravio, treinam constantemente e salvam banhistas em situação de risco. Após encarar essa rotina estafante, as bombeiras que atuam como guarda-vidas no litoral paulista têm muitas vezes de encarar, com charme e bom humor, cantadas e até preconceito de homens. O G1 esteve na praia de Martin de Sá, em Caraguatatuba, a 173 km de São Paulo, e conheceu três guarda-vidas.


Minoria na corporação – dos 98 guarda-vidas permanentes que atuam no Litoral Norte paulista, apenas duas são mulheres –, elas, às vezes, enfrentam situações durante o dia a dia que não estão previstas no treinamento. Outras salva-vidas temporárias também atuam no litoral nos períodos de maior movimento.

A soldado Isabel Cristina Brás, de 32 anos, por exemplo, se lembra do diálogo travado com um banhista machista. Ao avistar o homem se debatendo no mar de Maresias, em São Sebastião, também no Litoral Norte, Isabel atravessou a praia correndo, pulou na água e nadou até a vítima. “Quando me aproximei, ele viu que era uma mulher e falou: ‘Não precisa, estou bem’”, disse a bombeira.


Bombeiras posam em Caraguatatuba
O banhista, porém, pediu para que ela o acompanhasse até a areia. “Ele não aceitou chegar até a praia carregado por uma mulher”, afirmou.

Desafios
Além desses percalços, elas enfrentam os mesmos desafios que seus colegas homens. “É preciso ter um condicionamento físico muito bom para aguentar”, afirmou a soldado Simone Serra Vieira, de 39 anos – há 19 no Corpo de Bombeiros.

O preparo é fundamental para a profissão, já que não há restrições a quem elas têm de atender em situações de afogamento. “Salvamos qualquer um: criança, adulto, homem, mulher. Vítima é vítima”, afirmou Isabel. Por isso, o treinamento, igual ao dos homens, é constante – e puxado –, com corrida, natação e simulação de salvamento.


Soldado Isabel simula salvamento
O uniforme das guarda-vidas é idêntico à roupa usada pelos bombeiros homens nas praias: camiseta regata, short, boné e óculos escuros. Apesar de a farda não lembrar em nada o voluptuoso maiô das guarda-vidas norte-americanas do seriado "Baywatch" (sucesso estrelado pela atriz Pamela Anderson), as mulheres chamam a atenção dos marmanjos na areia.

Questionadas a respeito de cantadas, as bombeiras informaram que ouvem muitos elogios e gracinhas. “Dizem: ‘Vou me afogar, você terá de me salvar’”, diverte-se a soldado Simone. Quando esses “elogios” são proferidos, elas apenas ignoram. Se houver insistência, os colegas estão sempre por perto. “Deixamos para eles darem a resposta”, concluiu, sorrindo, a guarda-vidas.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Consciência negra


Entre no clima da negritude e comemore o Dia da Consciência Negra
O clima é de festa para a negritude! Isso porque dia 20 de novembro comemora-se o Dia da Consciência Negra - dedicado à reflexão da inserção do negro na sociedade brasileira. A data escolhida é a mesma do dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Pois bem, e fato é que os negros têm mesmo muito o que comemorar. Na música, na literatura, na televisão e no cinema eles estão com tudo. Afinal, black is beautiful!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Francine Piaia faz homenagem para Michael Jackson

Ex-BBB foi fotografada com figurino inspirado no cantor

Francine Piaia fez uma homenagem para o cantor Michael Jackson ao fotografar para um ensaio vestida como o popstar. As fotos foram feitas pelo fotógrafo João Pedro Sampaio.

“Estávamos fotografando para capa de uma revista, e eu já tinha em mente algum tipo de homenagem a Jackson, só faltava saber como e com quem. A Fran topou na hora, mas a princípio não entendeu como ficaria a brincadeira. Como inspiração, a música do Michael tocava no estúdio e aos poucos ela foi entrando no clima”, contou o fotógrafo.

A ex-BBB se surpreendeu com o resultado.“ É bem verdade que não sabia ao certo como iria ficar, mas confio demais no trabalho do João Pedro, então disse a ele pra fazer o seu melhor, e o resultado esta aí, com cara de super produção, né ?”, elogiou.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Nicole Kidman interpreta no cinema o primeiro transsexual da história

‘The danish girl’ tem direção de Tomas Alfredson, de ‘Deixa ela entrar’.
Na trama, Kidman é casada com personagem de Gwyneth Paltrow.
Nicole Kidman vai interpretar o holandês Einar Wegener, o primeiro transsexual de que se tem registro no mundo, no filme “The danish girl”, informa a revista Variety nesta segunda-feira (9). Gwyneth Paltrow viverá a esposa do personagem de Nicole, uma pintora que incentiva o marido a fazer uma cirurgia de mudança de sexo.


Nicole Kidman e Gwyneth Paltrow serão marido e mulher no filme 'The danish girl'.
A produção, que começa a ser rodada em 2010, é dirigida por Tomas Alfredson - de “Deixa ela entrar”, drama sobre uma menina-vampira que atualmente está em cartaz nos cinemas brasileiros.

Inicialmente, quem faria o papel de Greta, a esposa de Nicole na história, seria a australiana Charlize Theron. A atriz desistiu do papel devido a problemas de agenda – ela está filmando também “The ice at the bottom of the world”, de Mark Richard, com Meryl Streep no elenco.

“The danish girl” é adaptado do livro homônimo do escritor americano David Ebershoff. O roteiro é assinado por Lucinda Coxon, de “Meu amor, minha perdição” (2002).

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A mulher na Polícia


Nos países desenvolvidos já não se discute a presença das mulheres nas polícias ou nas Forças Armadas, o óbvio fato da mulher ser capaz de manusear armamentos, pilotar um aviões ou aplicar técnicas de condução a um indivíduo exaltado já são suficientes para admitir e desejar o apoio delas na atividade policial/militar. Além disso, não se pode desconsiderar a necessidade de mulheres em procedimentos policiais envolvendo outras mulheres — o próprio Código de Processo Penal brasileiro prevê a necessidade de uma mulher para fazer busca pessoal em outra mulher, para que não haja constrangimento à abordada.
Isso falando-se na operacionalidade, na técnica policial propriamente dita. Partindo para o serviço administrativo/burocrático, vejo que as mulheres têm diversas características que as fazem, de maneira geral, atuarem de forma mais eficiente que o homem. Considero-as mais detalhistas e cuidadosas, e geralmente com mais facilidade de dedicarem-se a seus objetivos.
Apesar disso, ainda há no Brasil quem discuta a presença delas nas corporações policiais. Um dos argumentos utilizados é o da força bruta, fator que as mulheres indubitavelmente têm desvantagem em relação aos homens. O problema é que a todo momento estamos treinando e recebendo orientações no sentido de diminuir o uso da força bruta, substituindo-a por técnicas eficientes de contenção e defesa. Assim, definitivamente, não há razões óbvias para sustentar esse argumento.
Mas o preconceito está aí, advindo da sociedade como um todo, e a cada dia que passa sendo desconstruído, aos poucos. Aqueles que são defensores duma polícia isolada da sociedade, fechada em si e impenetrável às diversas minorias que compõem nossa organização social, vêem a mulher como uma ofensa a esse purismo de truculência, rusticidade e empáfia característicos de organizações militares de séculos passados.
Do mesmo modo que me ponho contra os críticos das mulheres nas polícias, vejo com reserva as mulheres que usam o estigma do machismo para se defender de todos os problemas por que passam nas corporações policiais. Algumas chegam a atribuir punições disciplinares e outras medidas administrativas impessoais à discriminação de gênero. É natural que isso ocorra, tal qual o anticorpo que traz efeitos colaterais, mas é preciso sempre vigilância, para que não se dê fundamento aos críticos das mulheres policiais.
Cabe às mulheres, como aos homens, atuar com profissionalismo e dedicação, sem deixar margens para críticas que costumam usar um mau exemplo como se fosse algo genérico. Conheço homens que são maus policiais e mulheres que são ótimas policiais, e vice-versa. A verdade é que nem deveríamos gastar nossas palavras com esse assunto, mas sempre é bom ajudar no processo de desconstrução de idéias infundadas e frouxas.